Semana de Gestão e Políticas Culturais em Feira de Santana
Neste ano, o projeto vai para a Bahia debater o cenário cultural brasileiro e dialogar com a realidade local do interior da cidade nordestina
O Observatório Itaú Cultural, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura da Bahia, realiza a Semana de Gestão e Políticas Culturais, entre os dias 12 e 16 de maio, em Feira de Santana. A série de encontros ocorre no Centro de Cultura Amélio Amorim e aborda questões ligadas ao cenário cultural brasileiro, como a formação depúblicos, economia criativa, patrimônio e a diversidade. São dois encontros por dia, com 200 vagas para as quais devem ser feitas inscrições prévias de 31 de março a 9 de abril pelo site da SecultBA (em breve). Os alunos inscritos e selecionados deverão frequentar 80% do curso para obter o certificado.
No primeiro dia de palestras, 12 de maio, o Secretário Estadual de Cultura da Bahia e professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Albino Rubim, discursa sobre Políticas e Indicadores Culturais. “Vou fazer uma análise das trajetórias das políticas culturais no Brasil anotando suas três tristes tradições: ausências, autoritarismos e instabilidade”, explica. Segundo ele, é importante também discutir como estas tradições começaram a ser enfrentadas a partir da gestão do ministro Gilberto Gil, quais as limitações deste enfrentamento e como está hoje a situação destas políticas, enfatizando seus desafios contemporâneos. Para isto, o professor pretende fazer uma apresentação em power-point, para que o público acompanhe facilmente.
“A minha aula é complementar a de políticas culturais, vamos discutir o papel das informações e indicadores na construção e monitoramento de políticas, ações e programas na cultura”, fala Lia Calabre, mestre e doutora em história social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e que apresenta, no mesmo dia, o tema Indicadores Culturais. O encontro com a também pesquisadora da Fundação Casa de Rui Barbosa segue pelo viés da necessidade de planejamento e avaliação das políticas de governos ou instituições, a partir da produção e avaliação de informações. “Usamos como elementos de discussão pesquisa do IBGE, do IPEA e algumas mais específicas, como a sobre leitura no Brasil”, completa.
Na terça-feira, 13 de maio, Isaura Botelho, doutora em ação cultural pela Universidade de São Paulo (USP), tem o intuito de discutir as políticas de democratização cultural, a democracia cultural e os determinantes para a formação de públicos para a cultura e as artes. Com o tema É possível formar públicos no Brasil?, a gestora cultural apresenta vídeos para os espectadores e leva à debate os tópicos: paradigmas da Democratização cultural e os da Democracia cultural: como surgem e no que implicam; cultura X culturas; equívocos; a noção de não-público; as primeiras pesquisas; os públicos; a formação de gosto; o “desejo por cultura”; elites e escola: perda do monopólio; e pesquisa sobre o uso do tempo livre e as práticas culturais na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Logo em seguida, ainda no dia 13, é realizada a palestra Jovens e políticas culturais, ministrada pela doutora em antropologia social pela USP e idealizadora de projetos de investigação em juventude, diversidades e políticas públicas pelo CNPq, Regina Novaes. Na manhã do dia 14, o encontro sobrePatrimônio Cultural é mediado pela mestre em história social da cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cristina Magalhães. Durante a tarde, o escritor e compositor Bráulio Tavares discursa sobre Cultura dos sertões: gestão de futuros.
Para falar sobre Economia Criativa, o convidado da vez é Paulo Miguez – graduado em ciências econômicas. Luana Vilutis, educadora e socióloga, aborda o tema Economia solidária da cultura.“Tendo como pano de fundo a relação entre cultura e desenvolvimento, esta atividade propõe uma reflexão sobre economia solidária da cultura situada no contexto da diversidade cultural, da pluralidade econômica e do trabalho associado e colaborativo”, explica. De acordo com ela, a atividade prevê estabelecer um diálogo conceitual entre economia solidária e economia criativa, além de situar a temática no contexto atual das políticas públicas de cultura e de economia solidária em âmbito federal, estadual e municipal. As palestras serão no dia 15.
Adriana Facina, doutora em antropologia social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fala sobre A cultura como direito. No encontro, do dia 16 de maio, é feita uma breve introdução teórica sobre o tema cultura, depois a conversa passa para o trato da transformação da cultura em direito e, por fim, elementos das pesquisas de campo em favelas e periferias se tornam a discussão da turma. Encerrando a semana, Diversidade cultural e planos de cultura é ministrada pelo escritor e comunicador José Oliveira Júnior, que desenvolve o tema apontando, na perspectiva da implantação dos sistemas e planos municipais de cultura, as abordagens da diversidade cultural, principalmente em relação a preocupação do estado com a diversidade de abordagens, de visões de mundo, de modos de ser e conceber o mundo.
SERVIÇO
POLÍTICAS E INDICADORES CULTURAIS
Políticas culturais no Brasil: um balanço
Dia 12 de maio (segunda-feira), de 9h às 13h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
Indicadores culturais
Dia 12 de maio (segunda-feira), de 14h às 18h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
FORMAÇÃO DE PÚBLICOS DA CULTURA
É possível formar públicos no Brasil?
13 de maio (terça-feira), de 9h às 13h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
Jovens e políticas culturais
13 de maio (terça-feira), de 14 às 18h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
O ONTEM E O AMANHÃ NOS SERTÕES
Patrimônio cultural
14 de maio (quarta-feira), de 9h às 13h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
Cultura dos sertões: gestão de futuros
Dia 14 de maio (quarta-feira), de 14h às 18h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
O CRIATIVO E OS NOVOS ARRANJOS PRODUTIVOS NA CULTURA
Economia criativa
Dia 15 de maio (quinta-feira), de 9h às 13h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
Economia solidária da cultura
Dia 15 de maio (quinta-feira), de 14h às 18h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
CULTURA, DIREITOS E INSTITUCIONALIDADE
A cultura como direito
Dia 16 de maio (sexta-feira), de 9h às 13h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
Diversidade cultural e planos de cultura
Dia 16 de maio (sexta-feira), de 14h às 18h
Centro de Cultura Amélio Amorim
Avenida Presidente Dutra, 2222 – Capuchinhos
Entrada franca
200 vagas
Mais informações: info@cultura.ba.gov.br
71 3103-3441/3254
Diretoria de Territorialização da Cultura (DTC)
Fonte: www.cultura.BA.gov.br
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